sexta-feira, 9 de abril de 2010

Boletim: Atear 161

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Há dois anos escrevia, neste Boletim, a Liliana, a este propósito:
“Neste ano, fomos em direcção ao Bairro da Figueira, eu e o meu grupo, para levarmos Cristo a casa de quem o quis receber…Foi muito interessante pois desta vez deparei-me que as pessoas gostam mesmo de nos “receber”…e é com grande devoção e fé que vivem o “momento”. Por vezes ao tentar que as vozes se ouvissem mais alto que a campainha, em ambiente de alegria, soltávamos sorrisos enquanto caminhávamos. As pessoas até chegavam a vir connosco depois de sairmos de suas casas…”
Eu, continuo a sonhar com o dia em que toda uma comunidade paroquial se envolva em sadio reboliço nesta acção de rua que, pela sua simplicidade e genuína matriz popular, bem poderá ser o reflexo da convicção da nossa Fé. De facto a primeira missão que o Ressuscitado nos entrega é sermos testemunhas. O mundo carece dos valores da ressurreição: honestidade nas atitudes e nos comportamentos; verdade nas palavras; solidariedade nos corações; cristalina pureza de corações pobres; sentido de comunidade e de pertença uns aos outros, embarcadas na mesma viagem da vida. Enfim, acolher com sinceridade as recomendações de Paulo: “Aspirai às coisas do alto onde a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Colossenses).
Contra o teimoso individualismo que afoga a sociedade onde crescem os nossos filhos, esforcemos-nos por aparecer como comunidade que vive do Espírito de Jesus. Construamos-la no compromisso de um coração crente e convicto. Dela depende a penetração do evangelho de Jesus na sociedade que nos envolve.
Só os olhos e o coração da fé nos podem dar o entendimento e o alcance duma Visita Pascal. Quando todos e todas o tiverem entendido, não tenho dúvida, seremos uma verdadeira comunidade na rua! Quantos vamos ser, hoje, neste “Domingo de Tomé”, a assumir este ministério de anunciadores da Ressurreição de Jesus que alguns persistem em manter vivo? Já pensaste – tu, criança ou adulto, mais jovem ou mais velho – se, não é, também, a tua obrigação?


Pe. Zé Luzia


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